quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Lovers

Um caso. Um mero caso que vem de uma pura atracão física, com um piquinho de algo mais. Complicado por se dificultar na altura de dizer não. Chega mesmo a ser mais delicado do que deixar um grande amor. Tentar terminar algo que se vem a desenrolar há meses sem o tempo certo, só porque sim, quando quero, quando sinto alguma falta de afecto, ficou uma tarefa difícil. Talvez por medo ou mesmo por necessidade desta estranha relação. Talvez porque este caso me vai dando a sensação da existência de uma zona de conforto. Zona essa, onde a mágoa tem entrada interdita, onde não me permito apaixonar mas também não pondo essa ideia totalmente de parte. Um caso ... um caso ... um caso é tudo o que temos. Sim, é mesmo isso, um caso. Tu vives no teu lugar, vais percorrendo um caminho sobre o qual não tenho qualquer conhecimento. Eu vou fazendo o meu de igual forma. Até que ambos sentimos falta um do outro. Os nossos caminhos acabam por se cruzar. Com o tempo são vários os pontos em que ambos sabemos precisamente quais são os dados, os cheiros, os toques, até ao mais pequeno pormenor. De facto, durante a tua ausência, uma mixórdia de pensares vão me invadindo. Mas, acho que tudo isso faz parte de sermos amantes de um momento desprovido de preocupações, de pensamentos relativos ao futuro. E, quando um dia decidires alterar o teu rumo não te prendas por mim. No entanto, peço-te, um ultimo favor, que te cruzes comigo uma ultima vez para que também eu possa me soltar de ti.

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